quarta-feira, 23 de maio de 2012

Domingo na praia: aventurando-se no Adventure Bar


Fomos a esse bar, localizado na Avenida Litorânea, dia 22 de abril, levar uns visitantes de Brasília que vieram curtir um festival de rock em São Luís, o MOA. Como todos devem saber, o festival foi um fiasco e acabou rolando só em dois dias [20 e 21], quando havia prometido três dias de puro metal na ilha da serpente.

Bom, no terceiro dia não rolou MOA, então fomos à praia. Levamos os três visitantes para passear na Litorânea e o bar escolhido foi o Adventure Beach Bar. Afinal, era um dos poucos que ainda atendia à noite em um domingo.



[Fico impressionada com o fato de alguns bares fecharem as portas às seis da tarde de um domingo. Alô, empresários, vocês não querem dinheiro mesmo, hein?]

Por ser um dos poucos a atender na noite de domingo, o Adventure estava lotado. O lugarzinho é bem legal. O cantor da noite, Adriano Correa, tocava clássicos do rock nacional e internacional, o que animou bastante a galera presente.

O Adventure Bar, no entanto, pecou no atendimento, os garçons pareciam dar prioridade aos gringos, àqueles que tinham ‘aparência’ de que gastariam mais e por isso renderiam uma gorjeta gorda a eles. Foi difícil sair bêbado dali, por que a garrafa de bebida levava uns 20 minutos para ser substituída. A gente estava quase acendendo uma fogueira para emitir sinais de fumaça, na esperança de chamar a atenção do garçom que nos atendia.


Aliás, outra coisa que irrita, e isso é padrão em quase todos os bares: os garçons atendem mesas específicas. Então, se o garçom x começou a nos atender, é ele quem vai nos servir o resto da noite, mesmo que ele esteja atolado de serviço e outro garçom Y esteja encostado, de boa na lagoa, só olhando pro mar, ele não nos atende, pois a mesa não é dele. ¬¬

[alô, administração, acho que dá pra negociar um esquema melhor entre os atendentes. O importante é não deixar o cliente a ver navios].

Apesar dos pesares, nos divertimos por lá e torramos uma grana boa entre caipirinhas, cervejas e doses de uísque.

Atenção aos valores!
Dose de Jack Daniel's: R$ 18,00; caipirinha: R$ 7,50 e cerveja:R$ 6,00 

Nem pedimos petiscos, pois se a bebida demora uma eternidade pra chegar, imagine a comida. Nas praias  em São Luís é habitual a demora nos pratos. Prepare-se para mais de uma hora de espera a depender do requinte do pedido. É a triste realidade do atendimento nas praias daqui!

O melhor a fazer é comer em outro canto e ir à praia só curtir o sol e as bebidinhas. Pois se for almoçar/jantar por lá, fiquem avisados: o rango vai demorar!

Fotos extraídas do site do Adventure Bar

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Skina restaurante


O Hotel Central que antes figurava entre as mais importantes hospedagens da ilha, hoje abriga a Associação Comercial do Maranhão e várias lojinhas de artesanato, restaurantes e lanchonetes no primeiro piso. Entre eles, o Viva a Palhoça! dedica sua atenção ao Skina Restaurante.


Com uma vista agradável da praça Benedito Leite, que tem sido razoavelmente cuidada, o Skina desponta como uma boa opção de lugar para se tomar um chope no fim de tarde, fazer um lanche ou mesmo tomar uma água de coco enquanto se curte a brisa do vento que acompanha o sol poente.

Às sextas tem música ao vivo, avisa o garçom.
Área externa do Skina Restaurante
O lugar é mais frequentado pelo pessoal que trabalha ali nas redondezas, que vai lá justamente pra desopilar a mente depois de um dia cansativo, mas os turistas também marcam presença. Já que ele tem nas proximidades dois hotéis, o Lord (já citado no blog) e o Grand São Luís Hotel.

X-burguer no capricho por cinco reais
No menu do restaurante, pratos da culinária maranhense, petiscos, salgados, hambúrgueres e uma infinidade de opções para agradar gregos e troianos. No horário do almoço, os pratos são self-service. Das três da tarde em diante, a comida é servida a la carte. A parte interna possui área climatizada com TV, tem uma aparência limpinha e tá sempre arrumadinho. É bom frisar, por que aparência também é a alma do negócio e pela recente experiência  do blog, alguns lugares são dignos de interdição imediata.

Na última visita, ficamos só com um lanchinho de fim de tarde: x-burguer, pastel de carne e refrigerante de 1 litro, tudo por  onze  reais. O pedido levou uns 25 minutos pra chegar, mas você fica batendo papo, olhando a paisagem que nem vê o tempo passar.

Acho que vale a pena pra quem, por exemplo, tá cansado do cachorro-quente do Souza, o preço é quase o mesmo. Também vale trocar a feirinha e os bares da área de baixo do Projeto Reviver por um espaço mais aberto e ventilado, com menos gente e, por consequência, menos barulho.

Pra quem procura calmaria ali pelo Centro, esse é o lugar.

domingo, 20 de maio de 2012

La Pizzeria


Localizada na Rua do Giz em um belíssimo casarão restaurado, La Pizzeria é a mais aconchegante casa de gastronomia italiana da cidade. Um oásis em meio às precárias condições do centro histórico. Geminada à pousada Portas da Amazônia - que brevemente também será objeto de análise neste blog - divide com esta o agradável jardim interno, onde nas noites mais quentes e sem chuva são colocadas algumas mesas.

Fachada do restaurante
O ambiente interno é mais um diferencial. Móveis rústicos, paredes de pedra e iluminação indireta dão ao local um ar nostálgico, remetendo às cidades interioranas da Itália. Ponto negativo à falta de climatização, um descuido bastante incômodo tendo em vista nosso calor escaldante dos trópicos, mesmo à noite.

Ao chegar, experimente alguma das caipirinhas de fruta disponíveis, acompanhados de berinjela. Recomendo a de kiwi, ou de laranja com gengibre. São leves, refrescantes e abrem o apetite.

Área interna
Chega a hora de fazer o pedido principal, os preços convidativos são o primeiro fator à saltar os olhos. Os trinta sabores de pizza disponíveis tem preços que variam entre dezoito a trinta e cinco reais para uma pizza que serve bem duas pessoas. Completam ainda o cardápio diversas combinações de pastas e calzones. Para beber, pode-se optar por uma pequena carta de vinhos chilenos à preços justos, cerveja, refrigerantes e sucos naturais de frutas da estação.

Necessário ressaltar a demora no atendimento, mesmo com o recinto praticamente vazio, o garçom costuma postergar em pelo ao menos cinco minutos para atender quando chamado.

As pizzas são saborosíssimas, destaque à Prosciutto-Funghi, composta por molho de tomate, fatias de presunto, champinhons, e uma farta camada de queijo Mozzarella e à Gaeta, feita com molho de tomate, Mozzarella, tomate seco e azeitonas. Ambos os recheios sobre massa fininha, leve e de bordas grossas. Experimente acompanha-las do azeite apimentado da casa. A combinação é perfeita.

Mesas externas: cigarro permitido.
A La Pizzeria aceita todos os cartões de crédito e conta com um curioso sistema em que os 10% da taxa de serviço só são cobrados quando o pagamento é realizado em dinheiro.

Ressalva necessária diz respeito à segurança do local, que não conta com vigilantes. Como todos os estabelecimentos situados no centro histórico, após às 22hrs, as ruas próximas se tornam desertas e um tanto perigosas aos desavisados. Sendo assim, chegue cedo e aproveite!




Fotos estraídas deste flickr e deste aqui, e também do Google imagens.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Festival UFFA

Entre os dias 10 e 13 de maio aconteceu um evento cultural que prometia revolucionar a cena ludovicense, dando espaço para artistas autorais e independentes da terra.

O evento também serviu para lançar um novo espaço de cultura, a Casa Frankie, uma nova opção pra quem vive ávido por um programa diferenciado naquele Centro Histórico. Pelo que foi dito, o UFFA - Unidos Fazendo e Festejando Arte - acontecerá periodicamente na Casa Frankie com a proposta acima mencionada, além de levar músicos para mostrarem seus trabalhos, há também exposição fotográfica, de telas e oficinas de culinária.

Show de abertura com Mano Borges

Só pudemos ir no dia da abertura que atrasou bastante e, segundo informações de pessoas que estiveram nos demais dias, o atraso só piorava. Aliás, é engraçado que não se pode reclamar de atraso de show, ainda mais de eventos assim, em São Luís que as pessoas já vêm com quatro pedras na mão, dizendo que você não apoia a cena local, que o atraso 'é normal' e blablabla. Normal uma ova.

Tanto em eventos grandes, quanto em eventos pequenos, o atraso pra mim é inaceitável, se os organizadores querem vender alguma coisa com o adjetivo de "diferenciado", seria de bom grado que fosse diferenciado desde  a pontualidade, isso também tá dentro da qualidade do serviço. Se eu estiver pagando 80, 40 ou apenas 5 reais, eu tenho SIM todo o direito de reclamar. Os produtores não estão me prestando um favor ou fazendo caridade, eu estou comprando um serviço que eles oferecem. Se não satisfaz, tenho mais é que reclamar! Ok?



Pois bem, chegamos por lá às nove da noite, uma hora depois do horário marcado para começar a discotecagem. E qual é a surpresa!? Não havia dj algum. A impressão que ficou é que eles ainda estavam arrumando a casa. O bar não estava aberto, nada funcionava direito e as pessoas que chegavam, ficavam a esmo, sem saber direito o que fazer ali.

O primeiro show previsto para as nove da noite, começou às dez e o segundo começou depois das onze horas. Isso em uma quinta-feira com as pessoas tendo que trabalhar/estudar no dia seguinte. Totalmente #fail

Discotecagem do Dj Nivandro
O palco dos shows ficou na área da piscina que é minúscula e isso nos incomodou bastante. Se nos dias seguintes, tiver dado mais público que na inauguração, aposto que o pessoal ficou amontoado nas beiradas, temendo cair na piscina. 

Se o evento continuar, e espero que continue,  há muito que se melhorar no aproveitamento do espaço, no cumprimento dos horários e na organização, mas a Casa Frankie é boa opção de lugar para  se visitar. Não sei se ela ficará aberta diariamente com atividades permanentes. Deveria!


Acredito que propostas mais modestas de eventos, que o local (aconchegante, porém pequeno) possa suportar,  são a porta de entrada para a casa se firmar enquanto espaço cultural na cidade.


Fotos extraídas do facebook do evento.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cafofinho da Tia Dica

O Centro Histórico mais uma vez é palco de um dos lugares que visitamos em São Luís com certa frequência. Trata-se do Cafofinho da Tia Dica. Bar e restaurante há pouco tempo inaugurado, localizado na Travessa Marcelino de Almeida, corredor do Senzala e da Faustina (outros bares da área).

Quando inaugurou, o local trouxe muitas novidades, um cardápio com comidas típicas saborosíssimas, um atendimento de qualidade, música ao vivo e uma área interna com ar-condicionado. Coisa raríssima naquele Centro Histórico, vide o calor que faz nessa cidade. Antes também tinha uma barraquinha de comidas típicas na área externa, vendendo pratos entre sete e dez reais.


Hoje em dia, a comida continua boa (tem um pastel com recheio de vatapá delicioso), a barraca de fora foi extinta, assim como a música ao vivo, até mesmo por que o pagode no bar ao lado (o Senzala, já mencionado) não deixa nem as pessoas conversarem tranquilamente.

O atendimento deixa a desejar pela escassez de garçons. Imagine que um lugar que costuma ser bem frequentado, só dispõe de uma atendente para diversos clientes que querem ter atenção exclusiva, que não querem que a cerveja falte no copo ou mesmo padecer de fome de tanto esperar o cardápio chegar.

Apesar disso, o defeito maior que pode ser apontado é o banheiro. Só tem um, bem pequeno, para ambos os sexos. Aí você pode imaginar como fica congestionado, sempre falta papel (tanto o higiênico, quanto o toalha),  não tem sabonete e as vezes falta água na pia e isso é sempre! mas se você tiver uma bexiga resistente e estiver hospedado ali por perto, poderá segurar o aperto e aproveitar a cerveja e os petiscos, vendido a preços modestos. Nada diferente dos outros estabelecimentos.

A cerveja lá custa cinco reais, há também caipirinhas, cachaça temperada, bebidas quentes a perder de vista. O cardápio também é bem variado, composto por iguarias que recheiam a culinária maranhense: cuxá, camarão, peixe, caranguejo, entre outros.

A área externa fica de frente para a praça Nauro Machado, que dependendo do dia da semana pode ser habitat natural de mendigos, hippies, casais no extremo calor da paixão e sujeitos bem bizarros. Se você for n'uma sexta-feira, encontra todas essas espécies em comunhão.

Do lado de fora é essa festa estranha com gente esquisita, com a participação especial de vendedores que tentam te seduzir com inúmeras bugigangas.  Do lado de dentro é frio, arejado, com TV LED e música ambiente, que pode surpreender a depender do 'dj' da noite, variando entre Nirvana acústico e Nana Caymmi.



Fotos extraídas do Blog do Cafofinho, veja mais aqui!


terça-feira, 1 de maio de 2012

Um Lord sem nobreza

O Lord Hotel localizado ali no Centro Histórico, do lado do restaurante do Senac, é um caso típico de prédio bonito, com arquitetura colonial, mas mal administrado.
A primeira coisa que incomoda é que um hotel em pleno 2012, que lida com clientes vindos de todos os cantos, não aceita cartão (seja crédito ou débito). 
fachada é bonitinha, mas a área interna é ordinária. [foto extraída do Google Imagens]
Quem em sã consciência anda hoje com pacotes de dinheiro no bolso para pagar suas diárias e consumos em geral? Não custa nada comprar uma maquininha nem que seja só para débito automático. Até a quitanda de dentro do mercado das Tulhas trabalha com cartão de débito e crédito.

quem tem coragem de tomar banho nisso, gente?
A estrutura do quarto destrona logo o Lord da nobreza que um dia lhe foi atribuída. Os cômodos têm mobília velha e o frigobar enferrujado. No banheiro, o vaso, a banheira e a pia estão carcomidos pelo tempo e amarelados que dão um aspecto asqueroso ao local.
 Tudo literalmente caindo aos pedaços.

O frigobar não vem munido de água, refrigerante e outros itens que habitualmente ficam à disposição do cliente e são, obviamente, descontados quando se fecha a conta no hotel. A justificativa do recepcionista foi que "geralmente os hóspedes compram suas coisas e abastecem o frigobar".

só o que tem disponível no frigobar é tétano

Mas o que acontece se, hipoteticamente, o hóspede chegar de madrugada cansado, com sede, sem um supermercado aberto nesse horário e com a cozinha do hotel, provavelmente, fechada?
No Lord Hotel ou ele bebe água da torneira ou fica com sede até às sete da manhã!

É como se o hotel tivesse parado no tempo e vivesse uma nobreza no campo do imaginário, por que na realidade está mais para espelunca, com mofo, fungo e lodo pra todo lado. A praça com chafariz que deveria ser um dos atrativos de dentro da hospedagem, está totalmente abandonada, sendo consumida por lodo que cria com a água parada [prato cheio pro aedis, hein?].

Decoram também a pracinha plantas mortas, folhas secas espalhadas pelo chão e um balanço velho e enferrujado. O cenário todo dá a impressão de que não tem serviço de limpeza no hotel. Pior: de que ali não vive ninguém.

a área do chafariz

E, olha, que o mais barato que você pode pagar em um quarto casal ali é R$ 65,00 sem ar-condicionado.
Pra não dizer que nós só reclamamos, há um item positivo a ser apontado: o café da manhã é gostoso, bem farto e diversificado. Apesar de o espaço do café sofrer também com paredes mofadas e marcadas pela umidade, e contar com uma decoração que deixa a desejar pelo excesso de figuras religiosas.
o tal balanço



Acredito que em hotéis, bares e locais de trânsito com fluxo de pessoas com valores, costumes e religiões diversas, ou mesmo sem religião alguma, a religiosidade do proprietário deveria ser guardada para ele e não se manisfestar a cada cômodo, como se fosse uma tentativa de doutrinar os clientes. A menos que fique claro, de algum modo, que aquele espaço é um local com base religiosa, para que os hóspedes não se assustem com uma imagem gigante de santa dando 'bom dia' bem na entrada do quarto.




domingo, 8 de abril de 2012

Ilha bela?

O Viva a palhoça! foi criado para mapear os lugares e estabelecimentos  da nossa capital maranhense, sejam eles espaços alternativos ou do 'mainstream'.

A partir das três perguntas mais frequentes de amigos turistas [onde dormir? onde comer? onde se divertir? - e as duas últimas a gente também faz com frequência], escreveremos sobre espaços (públicos e privados) que atendam a uma dessas demandas, apontando prós e contras, em relação ao atendimento, ambiente, localização e, o principal, preço!

Fonte: banco de imagens Google